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Começo meu blog avisando aos desavisados que qlq semelhança é mera coincidência. Sintam-se muito bem-vindos ao meu blog!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Como estou...

Agora ficou tudo vazio.
Sumiram as palavras que gostaria de usar para expressar este momento.
O que posso dizer é que não seriam as meiguinhas. Usaria as más, as mal-criadas mesmo, com sabor de pimenta e gosto de sangue.
Não quero as palavras doces. Essas engordam, enchem nossa boca de felicidade e depois quando acabam deixam um gosto amargo de arrependimento, de saudade bandida... Por que os chocolates fazem isso com a gente? Nos fazem ficar loucos por eles, até conseguirmos satisfazer nosso desejo. Depois de satisfeitos, é como se se abatesse uma galinha no abatedouro. É uma tristeza, uma sensação de plenitude vazia terrível! Inexprimível isso...

Quero dizer palavras feias e gordas. Aquelas que doem, que ferem o fundo da alma. Estou assim ultimamente: azeda, sem sal, sem chão, sem graça...
Vontade de dizer um monte pra um monte de gente que merece receber um monte pela cara!
Meio com raiva, daquelas de cachorro babando. Aí já é doença... Mas será que isso que estou sentindo não é doença? Querer dizer e fazer o que não se pode? Querer dizer e fazer o que não se deve? E se puder? E se disser? E se fizer? E se...? Tanta dúvida, tanta incógnita que não dou conta de responder porque não entendo!

Eu não me entendo. Sou uma interrogação e uma exclamação ao mesmo tempo. Ora me surpreendo comigo mesma, ora não vejo respostas para o que sinto...
Coisa de doido... Será que sou doida? Já se passou isso pela minha cabeça... Meu juízo é muito fraco, talvez eu seja maluca e minha mãe esconde isso de mim pra eu não pirar de vez!
Tenho medo de surtar. O meu maior medo é esquecer quem eu sou. Mas, afinal, quem eu sou? Na verdade, tenho medo de esquecer meu nome. Acho que esse seria o começo do fim (ou o fim do começo?) de uma história. Da minha história. 
Queria ser atriz e interpretar no palco o papel de uma doida, uma desvairada. Só por um tempo, queria sentir na pele os desvarios e devaneios de uma doida. Deve ser legal! Deve ser dolorido! Deve ser sôfrego... Deve ser...

Estou falando muito. Não sei por que isso, mas tenho falado coisas ruins. coisas pra machucar as pessoas, pra ferir no mais fundo da ferida. É uma necessidade de machucar o outro, um prazer em dizer ao outro que não é tudo lindo não! Tudo são flores de aço! Tudo é uma farsa! Ninguém diz o que sente, ninguém é o que é. Ninguém é. Eu não existo, logo penso que existo. As pessoas se iludem consigo mesmas, com o que acham que são, mas não são nada! Eu sou uma ilusão criada por mim. É conveniente ser eu até então. Quando achar que eu não estou dando conta desse mim de agora, tratarei de mudar-me, transfigurar-me para não morrer!
Ainda não vivi os papeis de esposa nem de mãe. O resto já fui protagonista! Quero atuar de Amélia. Não sei se dou conta de ser Amélia... Sou péssima em termos de fingimento e finjo muito bem, amor...

Aiii...Respira, inspira. Expira. Inspira. Estou inspirada para a negativa.
Estou uma péssima influência para menores de 90... 

Me entender, eis a questão. Não quero isso! Não foi pra isso que vim aqui, superego!

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Rebeca Alcântara

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