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domingo, 15 de novembro de 2009

Depoimento de Fabiana

Meu nome é Fabiana e estava namorando o Ricardo uns 7 meses, mais ou menos. Estávamos muito apaixonados e tal, mas tinha um probleminha que perturbou do início ao fim: a ex... Essa criatura ligava todos os dias para o trabalho dele, ameaçava de ir lá fazer barraco e chegou até a ligar para o chefe de Rick pedindo para que ele lhe desse conselhos para reatarem o namoro! Veja só!!! Eles passaram sete anos juntos. Ela é mais velha que ele doze anos, e tem dois filhos adolescentes. Rick viu os filhos dela crescerem e sempre falava com muito carinho sobre os meninos, mas dela...

Lívia, para ele, era uma mulher desequilibrada, mas nos dois primeiros anos de namoro, não era assim. Ele me disse que eles viviam bem, eram felizes e tal, mas o ciúme dela foi ficando doentio com o passar do tempo e ele se sentiu acuado com isso! Não conseguia terminar com ela, porque ele dizia que ela não tinha condições de se manter, que o pai dos meninos não dava nada e ele assumiu a responsabilidade das despesas dela junto com a sogra, principalmente depois que apareceu um tumor (não sei se benigno ou maligno..) nela. Então, era uma relação de piedade e compaixão que ele tinha por ela.
Éramos colegas de trabalho e um dia nos encontramos no shopping e sentamos para conversar. Foi ali, naquele encontro, que rolou um clima entre nós. Não ficamos logo de cara, mas algum tempo depois, ele me convidou para sair e ficamos. No mesmo dia, ele resolveu terminar com Lívia. Essa era a maior prova de amor que ele poderia me dar...

Lívia não sabia quem eu era muito menos que Rick estava namorando novamente. Ela continuou ligando para o trabalho dele e indo até a casa dele constantemente. Até que um dia, pela manhã, ela apareceu na porta da casa dele aos berros, pedindo para ele sair de casa porque ela queria falar com ele de qualquer jeito! Estávamos dormindo, eram oito horas da manhã... O pai de Rick, coitado, gritava pela janela “Vai embora, mulher ruim! Eu te odeio! Eu te odeioooo!!!”, a mãe dele estava cada vez mais nervosa. Rick estava a ponto de ter um colapso nervoso e eu ali, em meio àquele conflito todo, tinha que fazer algo... Vendo o povo naquele desespero todo, corri pra cozinha. Vi, embaixo da pia, alguns cascos de cerveja e peguei um. Estava de baby doll de bolinha. Sei que essa informação de nada tem valor para os fatos que se seguem, mas visualizem uma mulher, de baby doll sem sutiã, com os cabelos em desalinho (não pelo corte, mas por ter acordado naquela hora), com a cara amassada e descalça... Uma cena memorável... Pois, não contei tempo: abri a porta da rua e mandei que a coisinha entrasse, escondendo a garrafa na mão esquerda, porque sou canhota. Ela me olhou assustadíssima, pois não esperava encontrar outra mulher ali dentro.

--Bora, Lívia, entre aqui! Você encontrou a pessoa certa! -- Esperei um tempo. A cara dela, gente, era de pavor! Rsrs
-- Então é você, vagabunda, que tá com ele? Ele é meu!!! Ricardooooo!!! Quero falar com você! Pelo amor de Deus, Ricardo, vamos conversar!!!
-- Mulherzinha, você não vai entrar não? Pera aí...
Saí na rua do jeito que descrevi. Pense numa mulher possuída, estava eu. Quebrei o fundo da garrafa no muro da casa e corri pra cima dela. O povo começou a gritar na rua:
--Meu Deus! Pega ela! Ela vai matar!! Pega, pelo amor de Deus!!! A mulher tá doida!!!
Estão pensando que Li ficou paradinha feito poste? Ra ra! A nigra correu, mas eu consegui pegar ela... Agarrei aquela coisinha pelos cabelos, joguei no chão. Ela ficou desesperada (rsrss), sem reação (kkkkkkkk). Um homem tentou me segurar, mas eu fui logo dizendo:
--Melhor você não se meter... Me solte, rapaz!!! --E mostrei a garrafa. Quem era doido de me segurar?

Quebrei a garrafa na cabeça dela. O mel escorreu pela calçada. Foi um silêncio cortante... Todo mundo parado me olhando e olhando para o corpo daquela mulher estendido no chão. Jorrava sangue por sua boca e ela ainda estava de olhos abertos. O tempo suficiente de chegar Ricardo correndo, de cueca tipo short de seda:
--Meu amor! O que aconteceu?
--Ricardo, resolvi nossos problemas...
--Meu amor, Li, fale comigo. Eu te amo, Lívia, me perdoe... --Disse isso aos prantos.

Fiquei em estado de choque com o que vi e ouvi dele, ali, jogado no chão, abraçando um corpo inerte, todo ensanguentado e beijando aquela que ele dizia odiar...
O que se passou nesse dia, depois dessa cena, não me perguntem. Realmente, não sei, não pude registrar mais nada.
Hoje cumpro minha pena e vou continuar meu tratamento psiquiátrico, porque não sou mais a mesma. Soube que eles estão juntos depois de tudo... Ainda o amo muito...

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